O paciente sonâmbulo sofre de episódios em que ele manifesta comportamentos motores durante o sono, os quais podem variar de simples caminhadas a atividades mais complexas.
Tais episódios ocorrem geralmente durante o sono de ondas lentas, na fase inicial do descanso noturno. Embora a ocorrência seja mais frequente em crianças, os registros em adultos também merecem atenção.
Este post explora os fatores associados à ocorrência do fenômeno, os métodos utilizados para a identificação do sonâmbulo e as abordagens adotadas para seu manejo.
Causas do Sonambulismo
A origem do sonambulismo envolve múltiplos fatores, os quais podem ser de natureza genética, neurológica ou mesmo relacionados ao ambiente e ao estilo de vida. Entre os elementos observados, destacam-se:
- Hereditariedade: evidências apontam para a influência de fatores familiares, uma vez que a presença de parentes sonâmbulos aumenta a probabilidade de ocorrência;
- Distúrbios do sono: condições como a apneia, a insônia e o bruxismo aparecem associadas a um aumento na incidência dos episódios de sonambulismo;
- Fatores neurológicos: alterações no funcionamento cerebral podem contribuir para a manifestação dos episódios, estando presentes, em alguns casos, em quadros de epilepsia ou outras condições neurológicas;
- Ambiente e estresse: situações de tensão, ansiedade e alterações na rotina de sono podem servir de gatilho para a manifestação do comportamento. O ambiente de descanso inadequado também pode favorecer a ocorrência.
Diagnóstico para o Sonâmbulo
O processo diagnóstico para um paciente sonâmbulo inicia-se com uma avaliação médica, na qual o ele e seus familiares fornecem informações sobre os episódios observados.
A descrição do comportamento, a frequência dos eventos e os contextos em que ocorrem servem de base para o médico ter um contexto da situação. Entre os procedimentos complementares, encontram-se:
- Avaliação clínica: o médico realiza uma investigação da história médica do sonâmbulo, buscando identificar fatores associados ou comorbidades que possam influenciar o padrão do sono;
- Exames complementares: a realização de estudos do sono, como a polissonografia, contribui para o esclarecimento do quadro. Este exame permite a análise das fases do sono e a identificação de padrões que acompanham o sonambulismo;
- Monitoramento comportamental: em determinados casos, a utilização de diários do sono ou a gravação dos episódios pode fornecer informações adicionais para o diagnóstico do sonâmbulo;
- Exclusão de outras condições: a investigação diferencial visa descartar distúrbios neurológicos, psiquiátricos ou metabólicos que apresentem manifestações semelhantes.
A investigação clínica orienta a escolha dos exames e dos métodos de acompanhamento, promovendo uma compreensão mais ampla da condição e permitindo a determinação da melhor conduta terapêutica.
Tratamento
O manejo do sonambulismo envolve a implementação de estratégias que visam reduzir a frequência e a intensidade dos episódios, bem como prevenir situações de risco para o paciente.
As abordagens podem incluir intervenções comportamentais, ajustes no ambiente do sono e, em alguns casos, o uso de medicação. Entre as alternativas adotadas, apresentam-se:
- Orientações sobre higiene do sono: a manutenção de uma rotina regular e o ajuste do ambiente de descanso contribuem para a melhoria da qualidade do sono. Medidas simples, como a redução de estímulos antes do horário de dormir, podem influenciar positivamente o quadro;
- Segurança domiciliar: a prevenção de acidentes exige a adequação do ambiente, com a remoção de objetos que possam oferecer riscos e a instalação de dispositivos que impeçam a saída involuntária do paciente durante o episódio;
- Terapia cognitivo-comportamental: a abordagem psicoterapêutica pode ser indicada em casos em que o estresse e a ansiedade apresentam papel significativo na manifestação do sonambulismo. O acompanhamento psicológico auxilia na identificação de padrões comportamentais que podem ser modificados;
- Medicação: A prescrição de fármacos também é uma opção considerada em situações em que as intervenções não farmacológicas não produzem a resposta desejada. A escolha do medicamento baseia-se na avaliação individual e na identificação de comorbidades que possam estar associadas ao distúrbio.
Se a leitura deste conteúdo despertou interesse ou se a identificação de episódios de sonambulismo despertou preocupação, a consulta com um especialista em medicina do sono pode oferecer o suporte necessário.
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