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Mentiras sobre o Sono:  Desmistificando Crenças Populares

Há várias mentiras sobre o sono costumam influenciar as práticas diárias e a percepção de muitos sobre o descanso adequado.

Neste post, exploramos algumas das noções comuns associadas ao sono, desmistificando ideias errôneas e oferecendo uma visão baseada em evidências.

O objetivo é proporcionar uma compreensão mais clara sobre como otimizar a qualidade do sono, alinhando expectativas com as informações científicas disponíveis.

Mentiras sobre o sono: Adultos precisam de cinco ou menos horas de sono

Acreditava-se que dormir menos de cinco horas por noite era suficiente, mas essa suposição tem sido amplamente questionada.

A recomendação é de que os adultos durmam na média entre sete e oito horas. Mas a privação de sono afeta até 45% da população mundial, de acordo com o Dia Mundial do Sono.

Dormir seis horas ou menos regularmente está associado a um aumento no risco de doenças cardiovasculares e mortalidade precoce.

Além disso, a falta de sono está ligada à hipertensão, enfraquecimento do sistema imunológico, ganho de peso, redução da libido, alterações de humor, depressão, paranoia e maior risco de diabetes, derrame, demência e certos tipos de câncer.

É saudável poder dormir “em qualquer lugar, a qualquer hora”

Adormecer instantaneamente em qualquer lugar, como no carro, trem ou avião, não indica que uma pessoa está descansada. Pelo contrário, isso sugere que ela pode não estar dormindo o suficiente ou apresenta sono de má qualidade, entrando em episódios de “microsono” devido ao cansaço extremo.

Nesses momentos, o corpo tenta compensar a falta de descanso. A sonolência é resultado do acúmulo de adenosina no cérebro ao longo do dia, um processo que se intensifica quanto mais tempo ficamos acordados.

O sono profundo reduz os níveis de adenosina, permitindo que, ao despertar, os níveis estejam baixos e a sensação de renovação seja alcançada. No entanto, quando o descanso é insuficiente, os níveis de adenosina aumentam, gerando uma carga de sono ou débito dele.

Seu cérebro e corpo podem se adaptar a menos sono

A crença de que o cérebro e o corpo podem se adaptar a menos horas de sono é incorreta. O corpo passa por quatro fases distintas de sono, necessárias para uma restauração completa.

O sono começa com um estágio leve, evoluindo para um estágio no qual há desconexão do ambiente, seguido pelos estágios mais profundos, que incluem o sono REM e o sono de ondas lentas.

O sono REM, que normalmente ocorre 90 minutos após adormecer, é um período em que o cérebro está altamente ativo, regulando o humor, armazenando memórias e facilitando o aprendizado. Durante este estágio, os músculos dos braços e pernas ficam temporariamente paralisados, impedindo que a pessoa reaja fisicamente aos sonhos.

O sono profundo, caracterizado por ondas cerebrais lentas, serve para a regeneração neuronal, reparação muscular e fortalecimento do sistema imunológico. O despertar durante essa fase pode resultar em fadiga e comprometimento do desempenho mental.

Uma boa noite de sono permite a repetição desses ciclos (geralmente 3 a 5 ciclos de sono NREM-REM) com o REM ocupando cerca de 25% do total.

O ronco é principalmente inofensivo

O ronco, embora muitas vezes considerado apenas um incômodo, pode ser um sinal de apneia do sono, especialmente quando é alto e interrompido por pausas na respiração.

Segundo o National Heart, Lung and Blood Institute, a apneia do sono está relacionada a um risco maior de condições como ataques cardíacos, fibrilação atrial, asma, hipertensão, glaucoma, câncer, diabetes, doença renal e problemas cognitivos e comportamentais.

Esse distúrbio provoca cansaço extremo, já que os pacientes acordam várias vezes durante a noite e, como resultado, lutam contra o sono durante o dia. Além disso, a apneia do sono é subdiagnosticada, afetando possivelmente 30% da população, com apenas 10% dos casos identificados.

Relembrar seus sonhos é sinal de um bom sono

A ideia de que lembrar dos sonhos é um indicativo de uma boa noite de sono é incorreta. Na verdade, todos sonham de três  a cinco vezes por noite, mas não os recordamos porque o sono não é interrompido.

As pessoas que se lembram frequentemente dos sonhos tendem a ter uma maior atividade cerebral nas áreas de processamento de informações e também despertam mais vezes durante a noite, além de serem mais sensíveis aos sons enquanto dormem e ao acordar.

Em certos momentos do dia, como durante um período de relaxamento, um sonho com forte carga emocional pode ser lembrado. No entanto, sonhos simples e rotineiros geralmente não são recordados por aqueles que têm um sono tranquilo.

Para obter mais informações ou esclarecer dúvidas sobre a qualidade do seu sono, entre em contato com a equipe da Pneumosono. Nossa clínica está à disposição para auxiliar na busca por um sono mais tranquilo e reparador.