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Dormir mal engorda? A relação entre sono e metabolismo.

A qualidade e a duração do sono exercem influência direta sobre o equilíbrio energético e os processos metabólicos do organismo.

No post de hoje, discutiremos qual é a relação exata do sono com o metabolismo e responderemos a pergunta principal, se dormir mal engorda.

A importância do sono para o metabolismo

Regulação hormonal

Ajustes hormonais ocorrem durante o sono. A leptina, produzida pelas células adiposas, sinaliza saciedade ao cérebro, enquanto a grelina, secretada pelo estômago, estimula o apetite.

Quando o sono é insuficiente, há aumento na produção de grelina e redução nos níveis de leptina, resultando em maior sensação de fome e preferência por alimentos calóricos.

Impacto na taxa metabólica basal

A taxa metabólica basal (TMB) corresponde à quantidade de energia consumida pelo corpo em repouso. A privação de sono pode levar à redução da TMB, uma vez que processos de reparo celular e termorregulação são prejudicados.

Consequentemente, permanece-se com o mesmo aporte calórico, mas com menor gasto de energia, favorecendo o balanço energético positivo e o ganho de peso.

Mecanismos fisiológicos e porque dormir mal engorda

Grelina, leptina e apetite

O desequilíbrio entre grelina e leptina altera o controle central do apetite. Maior grelina e menor leptina intensificam a busca por alimentos mais calóricos, elevando a ingestão diária. Esse efeito é potencializado pelas alterações no córtex pré-frontal, que prejudicam a capacidade de inibir escolhas alimentares inadequadas.

Sensibilidade à insulina

A privação de sono também reduz a sensibilidade insulínica, comprometendo a captação de glicose pelos tecidos e elevando os níveis de açúcar no sangue.

Esse cenário estimula maior liberação de insulina, que, além de facilitar o depósito de gordura, está associado a processos inflamatórios que afetam negativamente o metabolismo.

Desalinhamento circadiano

Quando o ciclo sono-vigília se dessincroniza com o ritmo biológico interno, há impacto no relógio circadiano, modulador de diversas funções metabólicas.

A desordem circadiana está relacionada ao aumento do apetite fora de horário e a distúrbios na termogênese, elevando o risco de obesidade.

Consequências para a saúde

Riscos de obesidade e diabetes

A associação entre sono curto e obesidade é consistente em estudos de coorte de longo prazo. Mulheres que dormem cinco horas ou menos têm 32% mais chance de ganhar 13,6 kg ao longo de 16 anos, comparadas àquelas que dormem sete ou mais horas.

Além disso, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 torna-se significativamente maior em indivíduos com sono restrito, em função da resistência insulínica crônica.

Impacto no desempenho físico e mental

A fadiga decorrente da má qualidade do sono reduz a motivação para a prática de atividade física, diminuindo ainda mais o gasto energético diário.

Cognitivamente, a falta de sono prejudica a tomada de decisão e o controle inibitório, o que dificulta escolhas saudáveis e contribui para comportamentos alimentares impulsivos.

Estratégias para melhorar a qualidade do sono

Higiene do sono

Manter um horário fixo para dormir e acordar, criar um ambiente escuro e silencioso, e evitar telas antes de se deitar são práticas recomendadas para fortalecer o ciclo circadiano.

Mudanças no estilo de vida

Reduzir o consumo de cafeína no período vespertino, praticar atividade física regularmente, e gerenciar o estresse por meio de técnicas de relaxamento auxiliam na obtenção de sono restaurador.

Em síntese, dormir mal contribui para o ganho de peso por meio de alterações hormonais, redução da taxa metabólica e comprometimento da sensibilidade insulínica. Por isso, manter uma rotina de sono adequada é um dos pilares para a manutenção do peso ideal e para a prevenção de doenças metabólicas.

Para avaliação do sono e orientações médicas, entre em contato com a equipe da Pneumosono e descubra como otimizar seus hábitos de sono para cuidar do seu metabolismo e do seu bem‑estar.