A polissonografia em casa é uma alternativa viável para o estudo do sono fora do ambiente hospitalar.
Esta modalidade de monitoramento avalia as fases do sono e os distúrbios relacionados a elas, utilizando equipamentos portáteis e de fácil aplicação.
A crescente demanda por métodos mais acessíveis e confortáveis para o diagnóstico de distúrbios do sono impulsionou o desenvolvimento dessa técnica.
Neste artigo, exploramos como a polissonografia em casa oferece uma análise que se adequa às necessidades individuais de monitoramento do sono.
O que é polissonografia em casa?
A polissonografia em casa é um procedimento que monitora diversas funções corporais durante o sono , realizado diretamente em sua residência. Equipamentos portáteis são instalados por um técnico no ambiente do paciente para garantir a captação dos registros.
Este exame inclui, conforme a necessidade médica e disponibilidade de dispositivos, a realização de um eletrocardiograma (ECG) para avaliar a atividade elétrica do coração, um eletroencefalograma (EEG) para monitorar os impulsos elétricos do cérebro, oximetria de pulso para medir a saturação de oxigênio no sangue, eletromiograma para analisar o tônus muscular, e eletro-oculograma para identificar as fases do sono com base nos movimentos oculares, especialmente durante o sono REM (Rapid Eye Movement).
Para que serve a polissonografia?
A polissonografia tem a função de investigar sintomas sugestivos e detectar anormalidades relacionadas ao sono. Entre os sinais de que o descanso não tem sido reparador estão cansaço, lentidão no raciocínio e lapsos de memória.
Segundo pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), 76% dos brasileiros enfrentam problemas que comprometem a qualidade do sono, sendo a apneia obstrutiva do sono uma das mais comuns, afetando uma em cada três pessoas.
Esta condição causa pausas respiratórias frequentes durante o sono e resulta em sintomas como ronco, fadiga e diminuição da produtividade, além de aumentar o risco de hipertensão e condições inflamatórias devido à redução do fluxo de oxigênio para as células e órgãos vitais, como o coração.
Outros distúrbios diagnosticáveis pela polissonografia domiciliar incluem hipopneia, que é a redução do fluxo de ar durante a respiração, narcolepsia, que provoca sonolência súbita e incontrolável, síndrome das pernas inquietas, caracterizada por movimentos involuntários que impedem o repouso, e bruxismo, que leva ao ranger involuntário dos dentes, especialmente durante o sono.
Contudo, existem transtornos do sono que não são analisados por meio da polissonografia em casa, como abordaremos a seguir.
Limitações da polissonografia domiciliar
A polissonografia em casa, embora ofereça a conveniência de ser realizada no próprio lar do paciente, possui certas limitações.
O exame não é geralmente recomendado para investigar a suspeita clínica de parassonias ou distúrbios que envolvem movimentos anormais durante o sono.
Condições como sonambulismo e terror noturno, que levam o paciente a se levantar ou realizar movimentos bruscos enquanto dorme, necessitam de gravação noturna para confirmação.
Isso nem sempre é viável na polissonografia em casa. Nesses casos, o exame é preferencialmente realizado em um laboratório, onde a estrutura adequada e a presença de profissionais permitem um monitoramento mais detalhado do paciente.
Como é feita a polissonografia domiciliar?
A polissonografia em casa é realizada sob prescrição médica. Inicialmente, o aparelho é instalado no quarto do paciente e retirado na clínica ou laboratório, caso as medições sejam mais simples.
O exame começa na hora habitual de sono, quando o paciente se deita e conecta os dispositivos necessários.
Eletrodos são fixados no tórax e na cabeça para o ECG e EEG, conforme orientação médica, enquanto a oximetria de pulso é realizada com um sensor no dedo e os movimentos são registrados por uma cinta.
Em seguida, o monitor é ligado, iniciando a coleta de dados que incluem tempo para adormecer, fases e sequência do sono, frequência cardíaca, ondas cerebrais, taxa de oxigênio no sangue, entre outros parâmetros, todos expressos em gráficos.
O exame termina quando o paciente desperta e desliga o equipamento, removendo cuidadosamente os eletrodos e fitas adesivas.
O aparelho é então recolhido na casa do paciente ou devolvido ao laboratório, onde especialistas avaliam os dados coletados para elaborar um laudo médico completo.
O médico especialista em Medicina do Sono analisa todo registro do exame, que inclue avaliação da parte neurológica (EEG), cardio-respiratória e de movimentos de membros.
Se você deseja saber mais sobre a polissonografia domiciliar ou agendar uma consulta, entre em contato com a Clínica Pneumosono. Nossa equipe está à disposição para fornecer todas as informações necessárias e ajudar no cuidado da sua saúde do sono.