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Sono entrecortado: o que fazer?

O sono entrecortado (fragmentado) é um fenômeno que afeta uma parcela significativa da população, interferindo na qualidade do descanso noturno e na saúde geral. 

Caracteriza-se por despertares frequentes durante a noite e resulta em um sono fragmentado e insuficiente.

Este problema pode ter diversas causas, como distúrbios respiratórios, problemas emocionais, condições médicas ou fatores ambientais.

Neste post, exploramos as principais abordagens e recomendações para lidar com o sono entrecortado.

Como deve ser um sono ideal?

O sono de boa qualidade é contínuo, não fragmentado. Isso porque, durante o mesmo, passamos por vários estágios ao longo da noite: o 1, que é a fase superficial; o 2, que é intermediário; o 3, que é o profundo, e o sono REM, no qual temos os sonhos vívidos e fazemos a consolidação da memória e do aprendizado. 

Estes estágios ocorrem em ciclos ao longo da noite. E, sim, podem ocorrer pequenas fragmentações, geralmente caracterizadas como microsdespertares. Entretanto, casos de microinterrupções no ciclo são comuns e até um ou dois despertares (dependendo da idade) não são ocorrências anormais. Uma pessoa mais idosa pode fragmentar seu sono com mais frequência, por exemplo, acordando duas vezes conscientemente.

Porém, essas interrupções pequenas devem ser de curta duração e a pessoa precisa conseguir voltar a dormir rapidamente. Nesses casos, não há interferência na qualidade do sono.

O que ocorre se meu sono é fragmentado?

Como dito antes, microdespertares são comuns. Porém, se a pessoa o sono entrecortado for frequente a qualidade dele é prejudicada.

O paciente acorda com a sensação de um sono não reparador e vai ter cansaço ou sonolência ao longo do dia, o que vai interferir nas suas atividades diárias.

O que fazer  se meu sono é entrecortado?

Deve-se investigar a causa deste sono entrecortado. Possíveis fatores externos que causam cortes no ciclo do descanso são:

  • Excesso de cafeína ao longo do dia;
  • Muita exposição à luz de noite;
  • Utilização de telas;
  • Consumo de conteúdo estimulante que afeta a condição emocional de quem assiste, por exemplo ação e suspense;
  • Barulhos altos e um parceiro que ronca ou se movimenta demais na cama.

Possíveis fatores internos do sono entrecortado são:

  • Doenças cardiovasculares, como arritmia, angina
  • Doenças pulmonares, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma, fibrose pulmonar;
  • Doenças crônicas, como doença do refluxo gastroesofágico, fibromialgia, doença de Parkinson.

Outros fatores internos do sono entrecortado, relacionados a distúrbios do sono são:

  • Apneia obstrutiva do sono, quando a baixa oxigenação ativa o sistema nervoso autônomo simpático que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, fragmentando o sono;
  • Síndrome das Pernas Inquietas, em que o paciente possui sintomas desagradáveis nas pernas na hora de dormir, muitas vezes relacionado ao movimento periódico noturno de pernas, que acaba fragmentando o sono.

Como tratar?

O sono entrecortado não é uma doença em si. Por isso, é necessária uma investigação clínica para entender quais são os fatores que estão interferindo no ciclo noturno. Geralmente, é feito um exame de Polissonografia para depois tratar a causa.

Este exame monitora e registra várias funções corporais enquanto o paciente dorme, fornecendo dados detalhados sobre a qualidade e a estrutura do sono. O procedimento é normalmente realizado em um laboratório de sono, onde o ambiente é controlado para simular condições ideais de repouso.

Durante a polissonografia, sensores são colocados em diferentes partes do corpo do paciente. Estes monitoram e registram uma série de parâmetros fisiológicos:

Atividade cerebral (eletroencefalograma – EEG): eletrodos são fixados no couro cabeludo para medir as ondas cerebrais, permitindo a análise das diferentes fases do sono, como o sono REM (movimento rápido dos olhos) e o sono não REM;

Movimento ocular (eletrooculograma – EOG): sensores próximos aos olhos detectam os movimentos oculares, que são especialmente importantes para identificar a fase REM do sono;

Atividade muscular (eletromiograma – EMG): eletrodos colocados em áreas como o queixo, as pernas e os braços registram a atividade muscular. Isso ajuda a identificar episódios de movimentos anormais e a diferenciar as fases do sono;

Atividade cardíaca (eletrocardiograma – ECG): eletrodos no peito monitoram os batimentos cardíacos, proporcionando informações sobre o ritmo e a frequência cardíaca durante o sono;

Esforço respiratório e fluxo de ar: sensores no tórax e no abdômen registram o esforço respiratório, enquanto outros nasais e orais medem o fluxo de ar. Isso permite a detecção de apneias (pausas na respiração) e hipopneias (redução da respiração);

Níveis de oxigênio no sangue (oximetria de pulso): um sensor colocado no dedo ou no lóbulo da orelha monitora a saturação de oxigênio, identificando episódios de dessaturação que podem ocorrer durante as apneias;

Posição corporal e movimento: sensores de posição registram a postura do corpo e os movimentos durante a noite, fornecendo dados sobre a influência da posição corporal nos distúrbios respiratórios do sono.

Os dados coletados durante a polissonografia são analisados por especialistas em sono, que identificam padrões e anomalias. Assim, eles conseguem diagnosticar o paciente e oferecer o tratamento adequado para o seu sono entrecortado.

Na Pneumosono, estamos comprometidos em oferecer suporte diagnóstico avançado e soluções terapêuticas adequadas para cada paciente.

Agende sua consulta para uma avaliação à respeito do seu sono entrecortado. Sua saúde merece essa atenção.