Dormir pouco tem sido associado como causa de problemas emocionais, físicos e cognitivos. Em um mundo marcado por incertezas e uma rotina de trabalho exaustiva, algumas necessidades básicas como o sono são deixadas de lado.
As consequências disso se refletem em diferentes aspectos da vida. Para entender todos os impactos, é fundamental compreender o papel do sono: ele é um estado fisiológico fundamental, desenvolvendo processos que integram as atividades cerebrais. É regido pelo ritmo circadiano, alternando-se entre um estado de vigília e outro de sono. A primeira etapa do sono é chamada de não REM, quando existe ausência de movimentos oculares rápidos. Já a segunda é a etapa REM, que se caracteriza pela profundidade, com o cérebro mais ativo e presença de movimentos oculares rápidos.
Quando dormimos pouco, afetamos até mesmo nossa memória e aprendizagem, aspectos relacionados à boa qualidade do sono, que irá repercutir nessas funções. A consolidação e codificação de informações novas na memória dependem do sono REM e da fase não REM, portanto, quem não alcança essas fases pode ter problemas em consolidar as lembranças. Ao mesmo tempo, há uma associação com a aprendizagem de novas informações. Dormir pouco diminui a atividade do hipocampo, estrutura essencial na codificação da memória.
A sonolência diurna é outro problema, que nos torna mais desatentos, reduzindo a capacidade de vigilância, fazendo com que a pessoa perca elementos relevantes na hora de executar uma atividade. É difícil manter a concentração por muito tempo. O tempo de reação também sente as consequências: a pessoa fica mais propensa a cometer erros
Nosso emocional, é claro, sente todas estas alterações. O déficit de sono provoca mudanças de humor, criando sensações de depressão e ansiedade na pessoa, afetando a inteligência emocional e o pensamento construtivo. Ficamos mais propensos à irritabilidade e ao estresse. Nos aspectos fisiológicos, a imunidade é atingida, forçando os órgãos na sua atividade e aumentando o risco de contrair doenças, além de modificar os sistemas endócrino e cardiovascular.
É necessário dormir a quantidade de horas indicada, em média, de 7 a 9 horas para adultos. Seu sono deve ser prioridade, caso contrário, as consequências afetam todo o organismo, com impactos cognitivos, emocionais e físicos. Valorizando o sono, corpo e mente vão agradecer.